O LADO
RELIGIOSO DA LAUDATO SI: A
ENCÍCLICA VERDE
O
mundo político e econômico foi surpreendido pela Encíclica Papal desse ano; já
falamos sobre isso aqui. No entanto, o mundo religioso ainda não se deu conta
do ocorrido. Os verdadeiros adorares do Senhor Jesus ainda não perceberam o
poder desse documento Católico e seu real interesse. Como o próprio Papa disse,
ela é dirigida não só aos fiéis católicos, mas para todos os homens. E partindo
de uma perspectiva religiosa, vejo muitas incoerências nesta encíclica quando
comparada à Bíblia.
Preste
atenção às citações desse documento que, ao meu modo de ver, constitui um
perigo para a liberdade religiosa que o ocidente goza e uma afronta para com Deus.
Veja seções inteiras ou parte delas que constitui a formalização dos dogmas
católicos para o mundo. Você é convidado a ler esse documento na íntegra. Está
distribuído gratuitamente na internet.
“...somos chamados a reconhecer «a nossa
contribuição – pequena ou grande – para a desfiguração e destruição do
ambiente». Porque «um crime contra a
natureza é um crime contra nós mesmos e um pecado contra Deus». (seção 8)
“Ao mesmo tempo Bartolomeu chamou a atenção
para as raízes éticas e espirituais dos problemas ambientais, que nos convidam
a encontrar soluções não só na técnica, mas também numa mudança do ser humano; caso contrário, estaríamos a enfrentar
apenas os sintomas.” (seção 9)
“Meu
apelo... proteger a nossa casa comum ... unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento
sustentável e integral” (seção 13)
“Alguns eixos que atravessam a Encíclica... a
cultura do descarte e a proposta de um novo estilo de vida” (seção 16)
“Como frequentemente acontece em épocas de crises profundas, que exigem decisões corajosas, somos tentados
a pensar que aquilo que está a acontecer não é verdade.” (seção 59)
“«Se o olhar percorre as regiões do nosso
planeta, apercebemo-nos depressa de que a humanidade frustrou a expectativa
divina».” (seção 61)
“Sem repropor aqui toda a teologia da Criação, queremos saber o que nos dizem as grandes narrações
bíblicas sobre a relação do ser humano com o mundo.” (seção 65)
“...a existência humana se baseia sobre três relações fundamentais intimamente ligadas:
as relações com Deus, com o próximo e com a terra.” (seção 66)
“Consequentemente, a legislação bíblica detém-se a propor ao ser humano várias normas
relativas não só às outras pessoas, mas também aos restantes seres vivos: (...)
(4.6). Nesta linha, o descanso do sétimo
dia não é proposto só para o ser humano, mas «para que descansem o teu boi
e o teu jumento» (Ex 23,12).” (seção 68)
“A tradição bíblica estabelece claramente que
esta reabilitação implica a redescoberta
e o respeito dos ritmos inscritos na natureza pela mão do Criador. Isto está
patente, por exemplo, na lei do Shabbath.
No sétimo dia, Deus descansou de todas as suas obras. Deus ordenou a Israel que cada sétimo dia devia ser celebrado como um dia de descanso, um Shabbath (cf. Gn
2, 2-3; Ex 16, 23; 20, 10). Além disso, de sete em sete anos, instaurou-se
também um ano sabático para Israel e a sua terra (cf. Lv 25, 1-4), durante o
qual se dava descanso completo à terra,
não se semeava e só se colhia o indispensável para sobreviver e oferecer
hospitalidade (cf. Lv 25, 4-6). Por fim, passadas sete semanas de anos, ou seja
quarenta e nove anos, celebrava-se o jubileu, um ano de perdão universal,
«proclamando na vossa terra a liberdade de todos os que a habitam» (Lv 25, 10).
O desenvolvimento desta legislação procurou assegurar o equilíbrio e a equidade
nas relações do ser humano com os outros e com a terra onde vivia e trabalhava.”
(seção 71)
“Hoje, crentes
e não-crentes estão de acordo que a terra é, essencialmente, uma herança comum,
cujos frutos devem beneficiar a todos.” (seção 93)
AGORA VEJA
AS LINHAS DE ORIENTAÇÃO À CRISE ECOLÓGICA PROPOSTA PELA
ENCÍCLICA
VERDE
“A maior parte dos habitantes do planeta
declara-se crente, e isto deveria levar as religiões a estabelecerem diálogo
entre si, visando o cuidado da natureza, a defesa dos pobres, a construção duma
trama de respeito e de fraternidade.” (seção 201)
“É muito nobre assumir o dever de cuidar da
criação com pequenas ações diárias, e é maravilhoso que a educação seja capaz de motivar para elas até dar forma a um
estilo de vida.” (seção 211)
“Vários são os âmbitos educativos: a escola, a família, os meios de comunicação, a
catequese, e outros.” (seção 213)
“a Igreja propôs ao mundo o ideal duma
«civilização do amor»”. (seção 231)
“A
participação na Eucaristia é especialmente importante ao DOMINGO. Este dia,
à semelhança
do SÁBADO judaico, é-nos oferecido como dia de cura das relações do ser
humano com Deus, consigo mesmo, com os outros e com o mundo. O domingo é o dia da Ressurreição, o «primeiro dia» da nova criação, que tem as suas primícias na humanidade
ressuscitada do Senhor, garantia da transfiguração final de toda a realidade
criada. Além disso, este dia anuncia
«o descanso eterno do homem, em
Deus».[168] Assim, a espiritualidade cristã integra o valor do repouso e da festa. O ser humano tende a reduzir o
descanso contemplativo ao âmbito do estéril e do inútil, esquecendo que deste
modo se tira à obra realizada o mais importante: o seu significado. Na nossa atividade,
somos chamados a incluir uma dimensão receptiva e gratuita, o que é diferente
da simples inatividade. Trata-se doutra maneira de agir, que pertence à nossa essência.
Assim, a ação humana é preservada não só do ativismo vazio, mas também da ganância
desenfreada e da consciência que se isola buscando apenas o benefício pessoal. A lei do repouso semanal impunha
abster-se do trabalho no sétimo dia, «para que descansem o teu boi e o teu
jumento e tomem fôlego o filho da tua serva e o estrangeiro residente» (Ex 23,
12). O repouso é uma ampliação do olhar, que permite voltar a reconhecer os
direitos dos outros. Assim o dia de
descanso, cujo centro é a Eucaristia, difunde a sua luz sobre a semana
inteira e encoraja-nos a assumir o cuidado
da natureza e dos pobres.” (237)
“Estamos a caminhar para o sábado da
eternidade, para a nova Jerusalém, para a casa comum do Céu.” (243)
Argumento poderoso! O Papa Jesuíta, missionário e político
por natureza, vai correr mundo para que sua ideia de salvação da terra e da
ecologia seja adotada. A terra realmente precisa descansar. O homem realmente
necessita descansar. O homem e a natureza devem viver em harmonia. Está no
Gênesis e Levítico como o próprio Papa baseia sua argumentação. Se lermos os
capítulos de Gênesis 1, 2 e 3; e o capítulo 25 de Levítico; e mais os Dez
Mandamentos em Êxodo 20; chegaremos a seguinte conclusão: O Papa só está errado
quanto ao dia de repouso, dia de descanso.
Ele está reinterpretando o sétimo dia; e, colocando o
primeiro em seu lugar. Se levarmos em consideração que Jesus cumpriu as festas
anuais de seu povo; o objetivo do Cristo ressuscitar no primeiro dia não estava
santificando-o. Será mais correto e lógico imaginar que o Cristo estava
respeitando o sétimo dia como Ele mesmo fizera em vida. Ele morreu na sexta, no
mesmo horário que o cordeiro era morto para ser expiado, descansou dentro da
tumba no sábado e ressuscitou no primeiro dia da semana. Isso não santificou
este dia.
Outra prova cabal bíblica quanto a essa discussão, está no
fato que Jesus alertou o povo a orar para que a perseguição não ocorresse nem no
inverno ou no sábado (Mt 24:20). Os discípulos também nunca ensinaram a mudança
do sábado para o domingo. É fato! Se você não entende o simbolismo das festas
que Moisés recebeu de Deus para o seu povo praticar anualmente; provavelmente
você concordará com a argumentação do Papa. Mas essa é outra discussão!
O que o mundo religioso ainda não se atentou é que a Igreja
Católica está voltando com muito mais poder que tivera na Idade Média. O Papa
está se tornando o Juiz do mundo. Tudo que ele propor, será convincente aos
políticos do mundo todo. Isso é o que Apocalipse 13 diz. E a ecologia está
sendo o meio pela qual as ideias e dogmas da Igreja e jesuítica alcance o mundo
todo. Alcance os religiosos e os não-religiosos como ficou bem claro na
encíclica.
Só quero lembrar que os Jesuítas nasceram na Contra Reforma.
Enquanto os reformadores abalavam o mundo com a Bíblia somente, os Católicos
criaram a Ordem Jesuíta. O objetivo
dos jesuítas ainda é combater os protestantes. Só tem um detalhe: nos idos de 1500 foi difícil para eles;
hoje, está facílimo. E não estou exagerando. Evangélicos de todo tipo estão
homenageando Francisco dentro e fora do Vaticano. E todos, eu digo TODOS, com
algumas exceções, estão de acordo quanto à interpretação do dia de repouso do
sétimo para o primeiro dia da semana. Será batata para os jesuítas hoje dominar
o mundo religioso, pois o político jaz em suas mãos.
Haverá uma discussão mundial quanto
a obedecer à Deus ou ao homem. E no centro dessa discussão está o dia de
repouso. O objeto que ora chamamos de marca da Besta é essa discussão do dia de
repouso. Quando olhamos que o Bispo de Roma vai propor às Nações Unidas e aos
Estados Unidos que dêem um dia de descanso para terra; vemos que isso faz muito
sentido. Observe que a Encíclica Verde é
clara em dizer que descansar só do trabalho e continuar na cultura do gastar;
só isso não resolve. O dia de descanso é para a família e para adorar a Deus. E
quando vemos todo mundo cristão adorando a Deus e descansando no primeiro dia
da semana e defendendo isso com unhas e dentes; fico assustado. Vejo e você
pode ver também que está fácil para as ideias jesuíticas ganhar o favor e o
apoio de todo o mundo.
Vou parando por aqui; mas voltarei
com detalhes sobre essa questão!
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