A ORAÇÃO AUTÊNTICA
No mundo que vivemos a mais de seis mil anos; temos a
presença do falso e do autêntico em tudo. E a oração não poderia ficar de fora!
Infelizmente isso é verdade. Sendo a oração o escape da alma e o refrigério
para o sofrimento humano, Satã usa suas interferências aqui também. Desde que
ele infiltrou-se na religião, tem trabalhado incansavelmente para aprisionar o
homem.
Um dia eu estava dirigindo uma semana de oração, na época da
Semana Santa, para meus irmãos haitianos. Foi muito bom, pois além de eu
praticar o francês, o questionamento de um deles me levou a uma reflexão que ainda
não tivera. O amigo irmão queria saber “por
que tem igreja que ora mais e outra menos? Parece que certas igrejas têm mais
poder na oração que outra”. Ele dizia isso se referindo à oração das
igrejas pentecostais que se diferem das igrejas tradicionais.
Quero chamar tua atenção para a oração em si. Quero que você
pense num nível supradenominacional. O falso e o autêntico nos aparecem
constantemente. Há uma divisão supradenominacional do certo e do errado
condicionado à visão cristã. Biblicamente falando devemos analisar e buscar o
certo, não se baseando em igrejas ou pastores; mas na visão ética e lógica de
Deus. Meu ponto de partido não deve ser a minha igreja ou meu pastor ou o papa;
mas a Palavra de Deus. Para isso faz-se necessário duas coisas básicas: ler a
Bíblia e conhecer a língua materna.
Jesus já havia chamado a atenção de todos quanto à oração
certa e errada. O mundo cristão de hoje padece na confusão que as vãs
filosofias trouxeram para as igrejas. A oração bíblica se diferencia da oração
não bíblica em seus detalhes. Os cristãos da modernidade se afastaram da oração
bíblica e se instrumentalizaram da oração humana.
Se buscarmos na Bíblia, veremos o que é, como é, uma oração
bíblica. Ela é submissa ao amor e à fé. Ela permite que haja contrato entre
homem e Deus (veja a oração de Ana em 1 Samuel 1). Ela se baseia na
condicionalidade das partes. Ela é altruísta. E a oração bíblica deve ser
embebida da confissão e mudança de hábitos do solicitante. Tudo isso e muitos
outros detalhes podem-se constatar nas orações registradas na Bíblia – Antigo e
Novo Testamento.
Já a oração humana, ou não bíblica, é totalmente ao
contrário. Ela é impositiva por meio da fé. Ela se baseia na incodicionalidade.
Ela impõe uma obrigação moral à Deus, em realizar os pedidos. Ela não dá
nenhuma alternativa à Deus; às vezes nem de tempo. Ela é egoísta. Nela está a
alegação de tudo que o solicitante faz. Não há nenhuma promessa de mudança de
hábitos do solicitante. Jesus condenou esse tipo de oração: “... quando orardes, não sereis como os
hipócritas;” (Mt 6:5). Satanás disseminou esse tipo de oração em quase
todas as igrejas.
Como orar? O próprio Jesus nos ensinou em Mateus 6: 5-15. A
estrutura didática da oração certa aos olhos da religião de Deus é ter: a)
invocação de Deus, b) exaltação de Deus, c) submissão à vontade de Deus, d)
confissão dos pecados à Deus, e) solicitação condicionada à Deus e f) validação
de Jesus. Qualquer oração que fugir a isso; o destino será qualquer outra
pessoa, menos Deus. Oração que não inclui mudança de hábitos errôneos é falsa.
E para toda oração verdadeira e bíblica, Deus tem três respostas possíveis a
dar ao solicitante: NÃO, SIM e ESPERE. Dentro dessa lógica de Deus é que Mateus
7:7-11. Há pastores e pessoas que praticam a oração de imposição (ORAÇÃO
ESCRAVIZADORA); o Diabo se agrada desse tipo. Há, também, pastores e pessoas
que praticam a oração de submissão; Deus se agrada desse tipo. Como você está
orando amigo?
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