A
TRISTE HISTÓRIA DA MORTE
A morte é cruel e
democrática ao mesmo tempo. Ninguém a quer, mas o bonito e o feio passam por
ela. O pobre e o rico, mesmo tendo lutas diferentes; também passam pelo algoz.
O crente e o ateu têm que enfrentá-la. Para a morte não tem desculpas, não há
argumentos, não há conversa; ela vem e faz o estrago nos corações de quem fica.
Ela é cruel porque não tem um pingo de “sentimento, respeito, ou qualquer outra
coisa” por ninguém. Nem Jesus teve como escapar dela. O próprio Deus passou
pelo que a humanidade passa a mais de seis mil anos – a experiência da morte.
Quando foi que a
Morte ganhou vida? Deixe-me esclarecer esta antítese. Quando foi que a Morte
começou sua história? Tecnicamente foi quando “houve peleja no céu. Miguel e os
seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos”
Apocalipse
12:7. Mas a Morte começou de fato quando Eva desobedeceu a Deus e Adão
acompanhou, por opção, a desobediência de sua esposa. Quando o casal viu a
folha murchar; o primeiro cordeirinho ser morto para prover-lhes roupas físicas
e espirituais; então a Morte começou de fato. Pois, “assim como por um só homem
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a
todos os homens, porque todos pecaram” Romanos 5:12.
Um dado
interessantíssimo foi que Deus, na sua imensa sabedoria, impôs regras lógicas e
claras ao reino da Morte. O Acusador trouxe o reino da Morte à Terra. No
entanto ele teve que aceitar essas três condições do Criador. Se Deus é o
Criador; Ele pode impor o que quiser, quando quiser, como quiser. Restam ao
Aqui-inimigo as propagandas falsas. Nisso ele é craque! Nisso ele tem
experiência!
As três regras
apresentadas no livro da vida – a Bíblia – são perenes, lógicas, sábias e justas.
Qualquer ideia estranha a essas três regras impostas à Morte, fará parte das
propagandas falsas do Arqui-inimigo de Deus. Os seis mil anos de propagandas
falsas resultaram em muitas versões sobre o que é a Morte e o que acontece às
pessoas que morrem. Uns pensam que morrer é passar para outra dimensão cósmica.
Outros pensam que os mortos continuam tendo participação entre os vivos. Há
aqueles que pensam e ensinam (e baseados na Bíblia) que uns vão para o Céu e
outros vão para o Inferno. O que a Bíblia ensina de fato sobre o reino da Morte
entre os humanos? Antes vale ressaltar que a Bíblia não se contradiz; pois se
assim for, deixa de ser Palavra de Deus. Se encontrarmos uma contradição, na
verdade estaremos tentando forçar o texto para dizer alguma coisa que queremos
ouvir.
O berço poderoso da
propaganda que pôs em cheque o ensino cristalino bíblico; foi o antigo Egito. Os
conceitos dualísticos pagãos egípcios foram exportados para todo o mundo. O
filósofo grego Platão foi o grande difusor das ideias pagãs sobre a morte. A
ideia grega foi tão forte que penetrou até entre os rabinos judaicos. A ideia
equivocada da morte trouxe confusão quanto à palavra inferno. A concepção popular
de inferno é grega também, e não bíblica. Embora não seja nosso foco falar
sobre o inferno; vale um adendo quanto à ideia bíblica sobre o inferno. O que
posso adiantar é que inferno se refere à sepultura apenas. Os outros sentidos
para inferno são pagãos. O próprio Jesus confrontou o ensino cristalino da
Bíblia com as ideias pagãs sobre a morte e o inferno. A parábola de Lázaro fala
sobre isso. O cristianismo desde muito cedo sofreu com essas ideias errôneas e
atribuídas como sendo da Bíblia. O apóstolo Paulo foi o grande escritor que
combateu isso. Seus primeiros livros já tocavam no assunto morte; basta
examinar I e II Tessalonicenses. No entanto, I Coríntios 15 é categórico quanto
a esse tema.
A primeira condição sino qua non imposta por Deus ao reino
da Morte foi; não haver parte ativa e parte inativa ao morto. Há muitas
idéias e interpretações errôneas sobre pontos que envolvem isso. Corpo, Alma e
Espírito são partes do homem muito incompreendidas. O que é cada parte dessas?
Na verdade a pergunta correta não é o que seja; pois cada corrente filosófica
ou espiritualista pode definir de forma diferente. O correto é perguntar o que
a Bíblia diz sobre cada parte constitutiva do homem? Se a Bíblia é a palavra de
Deus; ou melhor, se você a considera como tal; ela deve ter a visão correta.
Essa regra número um
quer dizer que o homem quando morre; tudo que o compõem cessa a atividade. Tudo
fica inerte! Essa regra elimina a ideia que a alma permanece enquanto o corpo
deixa de existir. Corpo, alma e espírito são diferentes pontos de vista da
pessoa humana como um todo. O que é cada uma dessa parte biblicamente falando?
Vejamos o que a Palavra de Deus nos diz.
Alma é o que para
você? As pessoas podem ter suas mil e uma definições; mas a opinião aqui não
deve ser pessoal; deve ser bíblica. E se você estudá-la descobrirá que há três
conotações para a palavra alma: vida (Atos 20:10, Lucas 12:20); coração
(Gêneses 34:3, Marcos 14:34) e pessoa. Nas línguas originais,
hebraico e grego, as duas palavras são as mesmas para as três idéias (nephesh/hebraico e psiché/grego). Destaco esta última conotação porque facilitará o
tema abordado aqui. Todas as vezes que a Bíblia apresentar alma como pessoa,
ela estará se referindo a alguém viva e não morta; pois, “a alma que pecar, essa morrerá”
Ezequiel 18:20. Alma não é algo fantasmagórico como aparece nos
desenhos animados ou filmes. Isso é ideia pagã vinda da propaganda falsa do
Acusador de Deus.
Definir corpo é muito
fácil. Corpo é a matéria que seres vivos são formados. Nesse sentido o homem e
os animais são iguais. Os ossos, a carne, o cabelo, o nariz; tudo isso são
parte do corpo. Não há controvérsia quanto a isso. Todos concordam que corpo é
a parte visível. A Bíblia apresenta o corpo desse jeito mesmo.
E Espírito? Aqui mora a
confusão na cabeça das pessoas, também. Para muitos; espírito é a mesma coisa
que alma. Como você define Espírito? Como você aprendeu a definir essa parte
constitutiva do homem? E você já leu na Bíblia a definição de Espírito? Como
Deus define Espírito? É necessário mais uma vez recorrermos aos vocábulos
originais para dissiparmos todas as incongruências. Em hebraico o termo para
espírito é, ou melhor, são ruach e neshemah; e em grego é pneuma. Ambas as línguas querem dizer a
mesma coisa: vento, ar, respiração. Além
dessa intencionalidade vocabular; o texto bíblico estende seu sentido conotativo
para oito outros significados: faculdade
morais, conhecimento, ânimo, vida, pessoa do Espírito Santo, anjo, entidade
maligna, e fôlego de vida. O sentido primário, ou sentido denotativo, para
Espírito é o fôlego de vida. O verso bíblico espetacular para se explicar o
sentido denotativo da palavra espírito está em Gêneses 2:7 que diz “formou Deus ao homem do pó da terra e lhe
soprou nas narinas o FÔLEGO de vida, e o homem passou a SER alma vivente”.
Pode-se concluir seguramente que o homem não tem uma alma; ele É uma alma.
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