ELEIÇÕES AMERICANA E AS
CENAS FINAIS DO MUNDO HOLÍSTICO
A modernidade é uma grande responsável por compartimentar o
homem e suas ações. Quanto mais pesquisamos as raízes humanas, mais percebemos
sua integralidade. Ditados populares como: “amigos,
amigos; negócios a parte”, são reveladores quanto à tentativa à divisão
relacional do homem moderno. Uma pergunta que cabe aqui é: ‘Isso realmente
funciona?’ Na sociedade onde vivemos, a política, a religião, a cultura, a vida
profissional e a vida particular são sujeitadas à ideia da compartimentalização
da vida humana. A língua que usamos é o elemento catalizador e revelador disso.
O homem é homem em todo lugar. O homem é um ser integral e não consegue atuar à
contento como reza a filosofia moderna.
Observamos nas culturas antigas que as pessoas integravam
todas as áreas de sua vida em torno da sua religião. O povo mais conhecido
mundialmente são os hebreus. Tudo para eles girava em torno da religião. Sendo
um dos muitos povos que integravam o Oriente, berço da civilização; podemos
concluir que os demais também tinham a religião como centro. Hoje dizemos que
política não pode se mistiruar com religião. Naquela época diríamos que
política não poderia abrir mão da religião. Naquela época; os líderes
espirituais ou eram os próprios líderes da nação, ou um deles. Hoje não é
assim; pelo menos teoricamente.
A religião é algo primário no homem. Pode-se sentir isso em
todos os ramos do saber humano. A língua e a línguagem, inerentes a raça
humana, são impregnadas de conceitos da religião. O Dr Guilherme Stein Jr em
seu livro ‘A Origiem Comum das Línguas e
das Religiões’ diz que “é certo que a
linguagem humana desde o berço é essencialmente religiosa. O homem primitivo
foi um homem religioso, para o atestar aí está a sua língua. Sua preocupação
foi a religião, tudo o que diz respeito à sua origem e ao seu destino, e isto é
comprovado também pelos seus primeiros ensinos de escrita” (p.134). A
língua é uma ferramenta da interação entre os pares e os subordinados. Sendo
assim, fica difícil separar 100% a religião da vida cultural, política e
profissional. A política e a cultura sentem as influências da religião; e a
língua, ferramenta crucial, se veste com matizes religiosas. Negar a religião,
proibi-la ou restringi-la é o mesmo que tentar impedir o sol, a chuva, o ar de
suas funções aqui na terra.
O homem é holísitco. Onde ele vai , leva consigo todos seus
valores, inclusive religiosos. O que fazer então com a dicotomia formada pelos
tempos modernos entre política e religião? Dissociar não é o caminho.
Reintegrá-las deixou de ser interessante a milênios atrás. E ficar indiferente
não ajudará em nada. Seguramente dar a liberdade e o respeito são os melhores
camihos para o homem viver a sua holisticidade em sua comunidade. Onde faltar a
liberdade de escolha e o respeito às escolhas haverá guerra, perseguição e
muita morte. Vivemos num mundo imperfeito, caído e injusto. O que mais funciona
entre nós é a liberdade e o respeito.
É por falta de liberdade e respeito que o mundo árabe guerrea,
persegue e mata. Foi por cultivar a liberdade e respeito que a América se
formou e fortaleceu, e hoje é um lugar mais desejado de se viver. É por medo da
liberdade que a China age com restrições à sociedade budista. É por querer
matar a liberdade que a Coreia do Norte promove a adoração de seu líder máximo.
Foi por tentar se apossar da liberdade que a Igreja da Idade Média guerreou,
perseguiu e matou. E foi por amor a liberdade que os mártires sofreram a
guerra, a perseguição e a morte. E no coração da liberdade está a consciência
religiosa. Se houvesse possibilidade de compartimentalização da vida humana;
nada disso teria acontecido.
Política e religião; duas vertentes complementares e
divergentes, a depender do jeito que se trata a liberdade e o respeito. A
política, a religião e a liberdade; bem manejada na América ao logo de séculos,
podem estar com os dias contados a medida que tentam ruir as bases da
liberdade. A terra da liberdade e do respeito às diferenças política,
religiosa, cultural; pode está em gestação a intolerância e a perseguição. A
terra da liberdade pode se tornar a terra da perseguição.
É de se assustar quando se ver políticos de ideias
restritivas e isolacionistas se fortalecendo. É verdade que tais políticos são
apenas representantes de cidadões que cultivam o ódio e a intolerância. As eleições
de 2016 na América estão assustando. Pior será quando o colosso da democracia
americana se tornar um colosso de uma ditadura. E em ditadura não existe nem
liberdade, nem respeito. E quem mais sofre são as minorias, sejam elas
políticas, culturais, religiosas.
Sabendo que é impossível compartimentar a vida; haverá
guerra, perseguição e até morte; confirmando políticos de ideias restritivas no
poder. O homem, consciente e fiel às suas convicções religiosas ou políticas,
vai até o fim. A consciência e a fidelidade só são bem vindas em terra de
liberdade e respeito. A consciência e a fidelidade são autênticas,
referendadas, unicamente pelo poder da escolha. O homem só é homem no exercício
de seu livre arbítrio. É diante desse cenário já palpável que creio ser
perfeitamente exequível as profecias de Apocalipse 13. E é diante de uma
análise político-sociológica (extrabíblico) como esta que me faz crer piamente
que a América é uma dos poderes descrito no livro profético, com papel decisivo
nas cenas finais deste mundo holístico.
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