OS 144 MIL: PARA ALÉM DA DISCUSSÃO!
Li vários teólogos que falavam do tema dos 144 mil de
Apocalipse 7 e 14. Li também vários outros comentários sobre o mesmo tema. Li e
refleti muito sobre os textos bíblicos onde se encontram a menção desse grupo
muito especial. Como um estudante de língua que sou; e como um admirador da
filosofia; cheguei à seguinte conclusão: o
tema dos 144 mil está muito além do que pensamos ou interpretamos. Jesus
será a pessoa que explicará tudo! Hoje temos uma capacidade muito pequena para
entender algo tão divino. Amanhã, quando Jesus voltar e nos resgatar para os
Céus, teremos uma capacidade intelectual como antes da queda do homem. Mesmo
assim, quero pontuar sobre a amplitude do significado e representação desse
grupo pra lá de especial.
O clímax da história do mundo caído será algo extremamente
sem explicação nos seus detalhes. Tanto do lado dos perdidos como do lado dos
salvos haverá situações e acontecimentos sobrenaturais e inimagináveis. Ninguém
conseguirá conceber detalhes do fim; somente quem viver verá. Homens de ambas
as partes terão que ser os melhores. Nas competições olímpicas, por exemplo, as
finais são feitas só pelos melhores. Até chegar às finais, muitos são
eliminados. Os fracos serão eliminados pela seleção natural das situações. Os
momentos finais do Grande Conflito serão espantosos; e por incrível que pareça;
reais. Somos tentados a simbolizar demais as coisas do Apocalipse. Comete-se
muito esse erro: simbolizar demais, ou ‘literalizar’ demais; e não estou imune a
isso. É uma questão muito difícil! Só o Espírito Santo pode nos orientar as
verdadeiras fronteiras entre literal e o simbólico no livro do Apocalipse.
Lá em Apocalipse, esse grupo é mencionado em um contexto de
muita efervescência catastrófica. A mensagem que fica é: OS CRENTES FRACOS NÃO TERÃO
CHANCE ALGUMA nesse tempo. Outra coisa que fica claro no texto é que
esse tema não constitui um ponto que pode fazer você se perder por não
entendê-lo.
As teorias que apareceram sobre os 144 mil são várias, mas vale
ressaltar as que dizem que eles são: a) os judeus da Palestina que vão aceitar
Jesus como o Messias; b) número simbólico; c) número literal; d) mesclado.
Podemos descartar a opção (a) porque é impossível reagrupar os judeus em tribos
novamente. Ficam então as demais teorias para debate. E meus comentários não
têm a intenção de dizer que uma é correta e outra é incorreta. Quero dizer que
temos que pensar muito mais além do que cada teoria diz.
Os adeptos do simbolismo desse número alegam que, por haver
muita simbologia nas duas passagens, a interpretação deve ser simbólica. Já os
adeptos da literalidade dizem que há fatos textuais que provam que o grupo dos
144 mil é literal. Os estudiosos do meio termo usam partes de ambos os
argumentos.
O teólogo Alberto Timm diz em artigo que o grupo dos 144 mil
é a “última geração dos verdadeiros
adoradores de Deus”. E esse grupo é ultra-especial porque tem
características ímpares difíceis de achar em uma pessoa. Os componentes desse
grupo são: marcados, resistentes, músicos,
fiéis, cristãos autênticos, redimidos e especiais. Realmente são
qualificações extremamente difíceis de encontrar em alguém. Os crentes fracos
realmente não terão vez.
Quero chamar a atenção para alguns detalhes. Preste atenção à
qualificação deles, à amplitude do evento, à solenidade e ao embate. Já
comentamos quanto à qualificação. Estaremos vivendo os últimos momentos. O
evento de finalização do Grande Conflito deve ser de amplitude total. Os
números que aparecem no texto são reveladores quanto à amplitude. O 4, o 12 são
recorrentes. Os teólogos dizem que o 7 é o número da perfeição. O número 4 é
humano; pois ele representa a totalidade e a universalidade para o homem. O 3 é
o número de Deus, pois representa o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O homem e
Deus (4+3) resultam em perfeição das ações (7). O 12 é o número da escolha de
Deus; é o número do Governo aprovado por Deus (4X3=12). Os governos orientados
por Deus aqui na terra foram encabeçados pelo número 12 (12 tribos, 12
apóstolos...). Lá no Céu e na Nova Terra esse número continuará; basta olhar
para as descrições do Apocalipse. Quando o Senhor usou a linguagem dos 144 mil
(12X12X1000) Ele estava indicando que não seria um evento local, mas universal.
Todos habitantes da face da terra (que escolherem o Senhor) experimentarão as
promessas e refletirão as qualidades do cristão autêntico praticando toda a
verdade. Antes do clímax final pessoas podiam ser salvas praticando parte da
verdade, ou seja, o que ela sabia e compreendia. Mas nesse tempo (no clímax
final) todos terão que saber e praticar toda a verdade como registrado na
Bíblia. E o enfoque estará nos Mandamentos de Deus.
A solenidade é grandiosa. Não vou registrar, mas você pode
pegar sua Bíblia e ler os versos dos 144 mil e verá que haverá solenidade
total. Esse grupo tem regalias. Ele é especial porque suas qualificações
excedem a todos os demais. E não foram conquistadores por méritos próprios, mas
pelo sangue do Cordeiro, de Jesus que morreu na Cruz. Nessa solenidade toda
fica uma lição para todos os cristãos: TODA HONRA É DO SENHOR JESUS. Se
você faz alguma coisa de grandioso e toma posse das honras, cuidado!
Provavelmente o seu senhor é o ANTICRISTO.
Quanto ao embate, eu quero me ater mais. Os 144 mil é o grupo
do contraste. Ele contrasta com quem? Ele se contrasta com os adoradores da
Besta. Veja que esse grupo, os 144 mil, recebe a marca de Deus (“...até selarmos na fronte os servos do nosso
Deus”). Em Apocalipse 13 os adoradores da Besta recebem a marca da Besta
(“...seja dada certa marca sobre a mão
direita ou sobre a fronte ‘testa’”). O embate é de amplitude mundial. Fica
fácil entender o embate. Hoje o cristianismo virou moda e encontramos cristãos
de todo tipo: os que dançam rock’n’roll,
os que casam com pessoas do mesmo sexo, os que negam os mandamentos de Deus, os
que negam metade da Bíblia... O Estado vai unir com a Igreja novamente, como
diz o Apocalipse 13; e essa união criará uma lista negra de rebeldes da
religião oficial. E quem você acha que comporão essa lista? O grupo dos 144
mil! Sendo ele simbólico, literal ou mesclado; terá que enfrentar os adoradores
da Besta.
É nesse momento que chego à seguinte conclusão que vai além
da discussão da questão simbólica, literal... A igreja remanescente será
proibida pelo Estado. É nesse momento que, textualmente vejo que o selamento
vai começar. A igreja remanescente se tornará a igreja perseguida. Nesse tempo,
que já vivemos a iminência; que os fracos não terão vez. Toda a estrutura da
igreja remanescente será confiscada pelo Estado, porque essa igreja não
concordará em pisar o mandamento específico que identifica o Criador. É nesse
tempo que o chamado decreto dominical
operará em toda intensidade. Essa lei do dia de descanso visa apenas afrontar a
autoria criadora de Deus.
Quem está na igreja remanescente e ama mais a estrutura
organizacional que o próprio Jesus e as pessoas, cederão às pressões do Estado.
Por enquanto a igreja remanescente está fazendo o seu papel. Não sabemos quando
exatamente a igreja remanescente deixará de ter sua eficácia; mas sabemos que
Deus já está preparando o grupo dos 144 mil. Assim como a profecia dita por
Jesus em Mateus 24 teve (tem) dupla aplicação (para Israel literal e
Espiritual), provavelmente o grupo dos 144 mil pode ter também. Nem tudo é
simbólico no texto que fala dos 144 mil, por exemplo, a marca de Deus. Por isso
deve ter alguma aplicação também literal, apesar dos argumentos dos defensores
da aplicação simbólica serem fortes e coerentes.
Melhor que abraçarmos uma explicação é pedirmos a Deus e
lutarmos para ter um caráter e qualificação desse grupo. Força, sabedoria,
santidade são qualidades que devemos perseguir sempre. A grande tribulação não
é para os fracos. Resistir, pregar, viver no tempo crítico que está na
iminência de vir só é para pessoa que tem a qualificação do grupo dos 144 mil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário