LEI
OU GRAÇA: SEGUNDA PARTE
(Leia a primeira parte aqui)
Criaram-se
uma discussão vazia ao longo dos séculos. O inimigo número um de Deus lançou a
semente da discórdia sobre algo que o Senhor estabeleceu desde o começo. É
perigoso adotarmos um discurso contrário à vontade de Deus. Defender o fim da Lei de Deus é estar jogando no mesmo
time do Diabo. É possível ser crente, cristão e jogar no mesmo time do Diabo.
Isso é perfeitamente possível porque ele mesmo crê, mas não obedece. Ele não é submisso a Deus.
Stricto sensus falando, não é o fim da Lei de Deus que se advogam, mas a mudança do Quarto Mandamento da Lei de Deus. Então se criaram a dicotomia
lei-graça. Isso é lamentável; mas a realidade.
A
Lei e a Graça estão sendo enfatizadas de forma errada. Colocá-las num ring e ficar na torcida por uma ou
outra; é estratégia maquiavélica. O único que sai ganhando com essa discussão é
o Diabo. É ele que jogou no ring a Lei de Deus e a Graça de Deus. Como pode haver oposição de ideias vinda da mesma
pessoa, aliás, de Deus? Ponha uma coisa em sua cabeça, caro leitor, Deus não se
contradiz.
Não
seria muita incongruência de pessoas cristãs defenderem o fim da lei e ao mesmo
tempo pregar que se deve obedecer a Deus? É por uma razão simples que a vasta
maioria dos cristãos vive nessa incongruência. Eles usam inúmeros argumentos, e
todos fracos e inconsistentes, só para se livrarem do Quarto Mandamento da Lei Áurea de Deus, isto é, dos Dez Mandamentos de Deus. É impossível
tirar o Quarto Mandamento da Lei de
Deus, pois o próprio Tiago diz que aquele que tropeçar em um, é culpado de
todos. Das duas uma, ou se aceita toda Lei, ou se rejeita toda Lei. Não existe
possibilidade do meio termo.
É
nesse ponto que os Católicos são mais sinceros e coerentes, mesmo estão
errados. Eles são categóricos em dizer que a Igreja tem autoridade e fez a
mudança do dia de repouso. Os protestantes dizem que usam a Bíblia como única
autoridade eclesiástica; já os católicos têm duas fontes de autoridades
religiosas: a Bíblia e a Tradição. Quando os protestantes tentam tirar a
validade do Quarto Mandamento, eles
estão sendo católicos, pois estão defendendo a mesma ideia de autoridade
religiosa da Bíblia e da Tradição. Os católicos têm o primeiro dia da semana (o
Domingo) para descansar, já os protestantes, evangélicos, pentecostais, e etc,
também pregam e descansam no primeiro dia da semana (o Domingo), ou qualquer
dia. Todos condenam o descanso no sétimo dia (Sábado), mesmo sendo tão claro em
toda Bíblia. Todos eles acusam os pouquíssimos cristãos que guardam o dia
sétimo de judaizantes. Aqueles cristãos (mesmo sendo minoria) que guardam o
sábado (sétimo dia da semana) estão sendo lógicos, congruentes, e obedientes a
Deus; pois é assim que o texto bíblico diz de Gênesis a Apocalipse.
Caro
leitor, você sabe por que o Diabo mirou o Quarto
Mandamento e incitou a maioria dos cristãos a se rebelar contra ele? Você
sabe por que Satanás ama quando um crente detona com o Sábado (Quarto Mandamento)? Você sabe por que o
mundo odeia esse mandamento e não faz nenhum esforço para obedecê-lo? E você
sabe por que sempre houve pessoas, minoria bem verdade, mas sempre houve
pessoas pregando a obediência a esse mandamento? E você sabe por que no clímax
do fim do mundo, o Quarto Mandamento
será o ponto de discussão entre o bem e mal nos quatro cantos do mundo? As
palavras do teólogo Abel R. Molina vai responder todas essas perguntas. Veja:
“Guardo o sábado porque ele me faz lembrar
que sou filho do Deus criador e não de um deus falso ou pagão que não tem poder
de criar nada. Sem dúvida, o mandamento do sábado é o mais importante da Lei de
Deus (Lei Áurea, Dez Mandamentos). Se um adorador de ídolos ler os nove
mandamentos restantes, sem que tenha conhecimento do mandamento do sábado, ele
chegará à conclusão que seu deus, o ídolo que ele adora, exige dele todos os
requisitos que estão nos nove mandamentos restantes, pois sem o mandamento do
sábado a Lei de Deus fica sem identificação do deus que a promulgou. É no
quarto mandamento do Decálogo que está autenticado quem é o autor ou o
legislador dessa Lei. É Ele o mesmo Deus descrito nos capítulos um, dois de
Gênesis. É o que criou o homem, os animais, a vegetação, o sol, a lua, as
estrelas. É o que abençoou e santificou o sétimo dia da semana. É o Todo
Poderoso, aquele que instituiu o sábado dia da semana servindo de memorial da
bela Criação. Se todos observassem o quarto mandamento que ordena santificar o
sábado, não haveria nenhum ateu, evolucionista ou incrédulo” (p. 45)
Esse
mandamento número quatro é uma demonstração de que Deus nos ama e nos alcança
com sua infinita Graça. Separar lei e graça é o pior desserviço que um crente
pode prestar a Deus, e muitos, no afã de se livrar do Quarto Mandamento, andam pregando o fim da Lei de Deus. Muito
cuidado com isso! A Graça de Deus sempre existiu, a Lei também. Pelo menos esse
ponto deve ficar claro para você, caro leitor; entre a lei e a graça há uma
função distinta e complementar. A graça serve para salvar o homem, e a lei
serve para proteger o mesmo homem nos caminhos do Senhor. Caminhos este do Deus
Criador de todas as coisas e não de um deus pagão. “Bem-aventurados os... que andam na Lei do Senhor” Salmo 119:1.