Eu li o
jornal The New York Times virtual de
21 de Maio de 2014 e fiquei pensando com os meus dados. Fiz alguns
questionamentos para mim mesmo. Quero compartilhar. A matéria intitulado: “Seeking Balance
on Mideast Visit, Pope Pleases Few” (Em busca de equilíbrio na visita ao oriente,
Papa agrada pouco); fez-me pensar sobre religião, história e política.
Francisco I vai ao Oriente Médio munido de um Imam
e um Rabi amigos e provenientes da Argentina. Um representando o
Islamismo e o outro representando o judaismo. Imam é um líder religioso “máximo”
do Islã e o Rabi é o líder também religioso “máximo” do judaísmo. Essas duas
religiões não tem representação universal máxima como a Igreja Católica. O Papa
se autointitula representante máximo de todo o cristianismo. O judaísmo e o
islamismo não tem um cabeça dessa magnitude. Cada Região tem o líder máximo;
por exemplo, Nova Iorque tem um, Buenos Aires (que acompanha o Papa) tem outro
e assim sucessivamente.
Enfim, aos questionamentos: Por que o Papa é
tão intrometido em questão política? Por que os Presidentes de todo mundo “come”
na mão do Papa? Por que Políticos preferem pedir intervenção do Papa e não da
ONU, Tribunal de Haia (Nicolás Maduro da Venezuela é um exemplo)? E a pergunta
que eu considero mais importante: Por que os Católicos não gostam de pessoas
que veem isso com maus olhos? Se você é um católico; deveria temer esse tipo de
coisa e reprovar a atitude de Sua Santidade. Eu digo porque você deveria agir
assim e não ficar alimentando ódio contra os fatos. Examine a história passada
para se precaver da história presente.
De 538 AD, a Igreja de Roma passou a agir do
jeito que está agindo. O imperador Romano Bizantino colocou a Igreja Romana
como o cabeça de todas as igrejas cristãs e ela passou a agir como tal. De lá
para cá, o Bispo de Roma foi ganhando poder e influência que os reis e
príncipes não procuravam outra autoridade senão o Bispo chefe. Nessa época
ainda não havia sacramentado o título Papa. Um dado interessante é que
Francisco I prefere ser chamado de Bispo de Roma à Papa.
Com essa proeminência toda, a história
testemunhou as perseguições às pessoas do cristianismo que pensavam diferentes
que resultou na pior carnificina humana: A Santa Inquisição. Santa só no
nome! De 538 AD a 1798 AD, o Bispo de Roma reinou absoluto. Eu, particularmente,
não vi vantagem; pelo contrário, muitas desvantagens. Ele se envolveu tanto com
a política que se esqueceu da fé. Será que isso não vai voltar a acontecer?
A política humana nunca vai salvar o mundo! Isso
porque ela é egoísta, exploradora, injusta, vaidosa. Jesus foi claro ao separar
política e religião: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”
(Mateus 22:21). A história me força a não aceitar nem o namoro de política e
religião. Sua Santidade está cometendo um erro que aconteceu no passado.
Na visita ao Oriente Médio, Francisco falará
mais de política que de religião. Nos dias 24, 25 e 26 de Maio corrente, vai
tentar unir cão e gato. Os Palestinos ganharam o status de Estado com uma
resolução de 2012 na ONU. Foi a maior vitória de Mahmoud Abbas, presidente
atual. O Papa tratará os palestinos como povo que tem um país. Isso é um
insulto para os Israelenses. A ênfase de Sua Santidade será para os palestinos.
Mesmo assim conversará de amigo para amigo com o presidente israelense Benjamin Netanyahu. Tanto Abbas
quanto Netanyahu sorrirão de coração para Francisco. Ambos tem respeito e
admiração por sua Santidade. Este rezará Missa nos dois territórios! Ele
tentará agradar os dois lados. Acho muito difícil ele conseguir; mesmo com
respeito e admiração de ambos! Mas se Sua Santidade conseguir essa proeza, ficarei
do lado daqueles que veem o Papa Francisco como o homem da cura da ferida
mortal que sofrera em 1798 AD. Caso essa viagem não dê frutos esperados;
ficarei do lado daqueles que veem Francisco como apenas mais um Papa de Mídia
como foi o Papa João Paulo II.
Se você não gosta de pessoas que escreve assuntos que exponha Sua
Santidade, sugiro que peça ou ore para que ele saia da política e venha para
religião apenas. Mas para isso ele tem que abdicar da coroa que carrega de Rei
do Vaticano. Para isso, Sua Santidade tem que vender o Vaticano para a Unesco e
esquecer da política de Estado. Eu tenho minhas dúvidas que ele vá fazer isso.
Sugiro que você comece a distinguir o povo católico do sistema eclesiástico
católico romano. Não tenho dúvida que Jesus ama os católicos infinitamente; mas
aborrece piamente as práticas horríveis do sistema eclesiástico católico romano.
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